PARIS (Reuters) - A França informou nesta segunda-feira ter frustrado um possível ataque depois de deter sete pessoas, incluindo algumas que estiveram nas fileiras do Estado Islâmico na Síria.
As prisões ocorrem um ano depois que um estado de emergência foi imposto para combater uma onda de ataques islâmicos e em um momento sensível na França, antes das eleições presidenciais da próxima primavera (no hemisfério norte), em que a segurança será um tema importante.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que as sete pessoas, de origem francesa, marroquina e afegã, com idades entre 29 e 37 anos, foram detidas no domingo após uma operação de oito meses que terminou com uma armadilha da agência de inteligência interna DGSI.
"Ontem, um ato terrorista em nosso solo que estava sendo preparado por um longo tempo foi frustrado graças ao trabalho da DGSI", afirmou Cazeneuve a repórteres. "A escala da ameaça terrorista é enorme e não é possível garantir risco zero apesar de tudo que estamos fazendo."
Autoridades francesas estão preocupadas que o Estado Islâmico, que está lutando para defender o território que capturou na Síria e no Iraque, convocará seus seguidores e jihadistas que retornam da região para aumentar os ataques no Ocidente.
Mais de 230 pessoas morreram em ataques contra a França desde janeiro de 2015, incluindo 130 em ataques coordenados com armas e atentados suicidas em Paris em novembro do ano passado.
Uma segunda fonte disse que alguns dos presos passaram algum tempo na região Síria-Iraque e um deles foi identificado depois de uma dica do governo português. Quatro revólveres e uma metralhadora foram encontrados durante as buscas, segundo a fonte.
(Por Gérard Bon)