Por David Alire Garcia
PUERTO VALLARTA, México (Reuters) - O furacão Patricia, um dos mais fortes furacões já registrados em todos os tempos, atingiu o oeste do México com chuvas e ventos de até 266 km/h, causando caos em cidades no litoral, mas menos danos do que se temia, antes de perder força enquanto se movia para o interior do território mexicano, neste sábado.
Árvores foram derrubadas, ruas ficaram alagadas e edificações foram destruídas pela aproximação do furacão Patricia de categoria 5, na sexta-feira, antes de atingir o continente, onde começou a perder rapidamente potência nas montanhas que se erguem ao longo da costa do Pacífico. Neste sábado, o Patricia enfraqueceu para depressão tropical ao se dirigir para a região central do México.
Milhares de moradores e turistas foram levados para abrigos improvisados, mas não houve relatos iniciais de mortos, e muitos sentiram ter escapado do pior.
O Patricia passou perto do porto de Manzanillo. O diretor do porto, Jorge Bustos, disse que as instalações continuam fechadas, mas que espera que sejam reabertas ainda neste sábado.
""Nós não tivemos qualquer dano maior", disse ele. "Claro, portões, portas, janelas, alguns telhados, esse tipo de coisa, mas nada que imponha risco para nossas operações."
Mais ao norte, cerca de 15 mil turistas foram retirados às pressas do balneário de Puerto Vallarta. Mas muitos deixaram os abrigos e voltaram para seus hotéis ainda na noite de sexta.
"Eu não acho que vai ser um grande problema com a água", disse Dario Pomina, 43, gerente do hotel Posadas de Roger no centro de Puerto Vallarta. "As coisas estão mais ou menos bem."
A cidade acordou com chuva leve no sábado e trabalhadores removeram as placas das janelas. Os ônibus urbanos voltaram a circular.
Em determinado momento gerando ventos de 322 km/h, Patricia foi o mais forte furacão já registrado no Hemisfério Ocidental. Mas uma vez em terra, o Patricia rapidamente perdeu força.
No meio da manhã deste sábado, horário local, o Patricia foi rebaixado para uma depressão tropical com ventos máximos de 55 km/h, disse o Centro de Furacões com sede em Miami.