BOGOTÁ (Reuters) - Quinze ministros do governo da Colômbia entregaram suas demissões ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, nesta sexta-feira, abrindo caminho para uma reforma tributária e outras mudanças antes da provável assinatura de um acordo de paz com rebeldes marxistas ainda este ano.
As demissões conjuntas, um protocolo que costuma anteceder reformas ministeriais, ocorrem no momento em que o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entram na fase final de conversas de paz iniciadas no final de 2012 com o objetivo de pôr fim a cinco décadas de guerra.
Santos, cujos índices de aprovação despencaram nos últimos meses, deve fazer alterações em sua equipe durante a semana que vem. Ele também deve dar início a conversas oficiais com um grupo rebelde menor, o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Embora os colombianos estejam entusiasmados com a perspectiva de ver o fim de um conflito que matou mais de 220 mil pessoas desde 1964, ficaram impacientes com o ritmo das tratativas, somado a uma desaceleração econômica, à alta inflação e à possibilidade da criação de impostos para compensarem a perda de arrecadação devida à queda no preço do petróleo.
German Arce foi nomeado ministro das Minas e Energia no começo desta semana.
(Por Helen Murphy)