(Reuters) - O ex-astronauta norte-americano Eugene Cernan, último homem a andar na Lua em uma experiência que ele disse que o tornou um só com o universo, morreu nesta segunda-feira aos 82 anos, disse a agência espacial dos Estados Unidos.
Cernan, que também foi um dos primeiros homens a caminhar no espaço, morreu cercado por sua família, disse em nota a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, sem dar detalhes.
Cernan e seu colega da Apollo 17, o astronauta Harrison Schmitt, se tornaram membros do clube mais exclusivo do universo em 11 de dezembro de 1972, quando saíram de seu módulo de pouso lunar para pisar na superfície da Lua. Somente outras 10 pessoas — todos astronautas norte-americanos — o haviam feito até então e nenhum o fez desde então.
Ao longo de três dias, eles percorreram mais de 30 quilômetros em um veículo lunar e recolheram mais de 100 kg de pedras durante suas 22 horas de exploração das crateras e colinas.
"Eu sabia que havia mudado nos últimos três dias e que eu não pertencia mais à Terra", disse Cernan, um ex-piloto de teste da Marinha, em um livro de memórias entitulado "O último homem na Lua". "Para sempre, eu pertenceria ao universo."
Cernan, que cresceu perto de Chicago, se aposentou da Nasa e da Marinha em 1976. Como civil, ele ajudou a fundar a companhia aérea Air One, trabalhou como consultor de assuntos de energia e aeroespaciais, ocupou o cargo de conselheiro de uma companhia de engenharia e foi comentarista de espaço da ABC News.
(Por Daniel Trotta; texto de Bill Trott)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765))
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