CAIRO (Reuters) - O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, assinou uma lei antiterrorismo que confere às autoridades poderes mais abrangentes para banir organizações por acusações que incluem prejudicar a unidade nacional ou perturbar a ordem pública.
A medida, anunciada no Diário Oficial egípcio desta terça-feira, deve aumentar o temor entre os grupos de defesa de direitos sobre ações do governo para retirar liberdades conseguidas após a revolta de 2011 que pôs fim a uma autocracia de três décadas comandada por Hosni Mubarak.
Desde que Sisi, então comandante do Exército, derrubou em 2013 o presidente eleito, o islâmico Mohamed Mursi, após protestos em massa contra seu governo, as autoridades têm reprimido de modo duro a oposição e modo geral, seja islâmica, secular ou liberal.
De acordo com o Diário Oficial, a lei permite que as autoridades tomem medidas contra qualquer indivíduo ou grupo considerado uma ameaça à segurança nacional, incluindo pessoas que interrompam o transporte público, numa aparente referência a manifestações.
A abrangente referência a ameaças à unidade nacional pode dar à polícia, amplamente acusada de abusos, luz verde para esmagar a dissidência, dizem grupos pró direitos humanos.
(Por Michael Georgy e Mahmoud Mourad)