GAZA (Reuters) - Um grupo filiado ao Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por disparar foguetes contra o resort israelense de Eilat, no Mar Vermelho, a partir da península egípcia do Sinai nesta quinta-feira, um ataque que Israel diz não ter causado vítimas nem danos.
O grupo Província do Sinai disse ter lançado "uma série de foguetes Grad contra concentrações de ocupantes sionistas" em Eilat.
Em um incidente aparentemente sem relação ocorrido várias horas depois, dois palestinos morreram perto da fronteira de Gaza com o Egito quando um túnel subterrâneo foi bombardeado, informou o Ministério da Saúde de Gaza, culpando Israel. Uma porta-voz dos militares israelenses disse não ter conhecimento de nenhum ataque de seu país.
Os militares disseram que, dos foguetes disparados do Sinai rumo a Eilat, um caiu em uma área aberta sem fazer estragos e os outros foram interceptados por seu sistema antimísseis Domo de Ferro.
"O que está vindo é mais grave e mais amargo", disse o Província do Sinai no Telegram, sistema de mensagens criptografadas usado pelo Estado Islâmico para se comunicar com seus seguidores.
Grupos ligados ao Estado Islâmico envolvidos em uma insurgência contra o Egito no Sinai assumiram a autoria de ataques com foguetes anteriores contra a área de Eilat.
O Egito, que já destruiu cerca de 2 mil túneis de contrabando na divisa com Gaza, vem acusando o grupo islâmico palestino Hamas de auxiliar militantes ligados ao Estado Islâmico no Sinai – o grupo nega esta alegação.
A fronteira entre Israel e Gaza tem estado tranquila nos últimos meses, mas na segunda-feira um foguete palestino lançado do enclave deu ensejo a vários ataques israelenses contra alvos do Hamas.
(Por Nidal al-Mughrabi, Maayan Lubell e Omar Fahmy)