Hamas libertará refém norte-americano em Gaza e se prepara para 2ª fase das negociações de cessar-fogo

Publicado 14.03.2025, 10:12
Atualizado 14.03.2025, 10:15
© Reuters. Foto de Edan Alexander em Tenafly, Nova Jerseyn 14/12/2024   REUTERS/Stephani Spindel

Por Nidal al-Mughrabi e Nayera Abdallah

CAIRO/DUBAI (Reuters) - O Hamas disse nesta sexta-feira que concordou em libertar um americano-israelense, que se acredita ser o último refém norte-americano vivo mantido em Gaza, depois de receber uma proposta de mediadores para retomar as negociações sobre a segunda fase de um acordo de cessar-fogo.

O Hamas afirmou em um comunicado que respondeu "positivamente" à proposta apresentada na quinta-feira para reiniciar as negociações. O Hamas também disse que entregará os corpos de quatro outros reféns de dupla nacionalidade, sem dar mais detalhes.

Duas autoridades do Hamas disseram à Reuters que o acordo para libertar o refém americano-israelense e os quatro corpos estava condicionado ao início das conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo, a abertura de passagens e a suspensão do bloqueio total imposto por Israel há duas semanas.

"Estamos trabalhando com mediadores para que o acordo seja bem-sucedido e para obrigar a ocupação a concluir todas as fases do acordo", disse Abdel-Latif Al-Qanoua, porta-voz do Hamas, à Reuters.

As reuniões entre os líderes do Hamas e o negociador de reféns dos EUA, Adam Boehler, nos últimos dias, buscaram a libertação de Edan Alexander, um homem de 21 anos de Nova Jersey que servia como soldado nas Forças Armadas israelenses.

O enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, disse a repórteres na Casa Branca no início de março que conseguir a libertação de Alexander era uma "prioridade máxima".

"A aprovação do Hamas para a libertação de Edan Alexander tem o objetivo de impulsionar a conclusão das fases do acordo", declarou Qanoua.

Os combates em Gaza foram interrompidos desde 19 de janeiro sob a primeira fase do acordo de cessar-fogo de três fases, durante a qual o Hamas trocou 33 reféns israelenses e cinco tailandeses por cerca de 2.000 prisioneiros e detidos palestinos.

Porém, quando a primeira fase expirou em 2 de março, as partes não chegaram a um acordo sobre o início da segunda fase. Israel se ofereceu para estender a primeira fase, enquanto o Hamas disse que retomaria a libertação dos reféns somente na segunda fase, durante a qual Israel deve discutir a retirada das tropas e o fim permanente da guerra, principais exigências do Hamas.

Israel bloqueou a entrada de todos os caminhões de suprimentos em Gaza em 2 de março, quando o impasse se agravou, e o Hamas pediu a intervenção de mediadores de Egito e Catar.

(Reportagem de Nayera Abdallah e Nidal al-Mughrabi)

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