Por Brendan O'Brien
(Reuters) - Um homem negro norte-americano foi morto com um tiro na nuca por um policial de Grand Rapids, no Estado do Michigan, apontou um patologista forense que realizou uma autópsia independente na terça-feira.
O fato aconteceu durante uma parada no trânsito no início do mês, e iniciou uma onda de protestos na cidade.
Durante uma entrevista coletiva em Detroit, o patologista forense Werner Spitz e advogados da família de Patrick Lyoya disseram que a autópsia concluiu que o homem de 26 anos foi baleado uma vez, e que o policial segurava sua arma na parte de trás da cabeça da vítima.
"Isso é agora uma evidência científica desse trágico assassinato, que sua família acredita ter sido uma execução", disse o advogado de direitos civis Ben Crump durante a coletiva.
Spitz disse que não encontrou sinais de luta corporal, como arranhões ou hematomas, no corpo de Lyoya, apontando que a única lesão era o ferimento de bala.
Ele também disse que não sabia o calibre da bala que foi disparada, mas que foi uma "bala poderosa" que matou o homem.
A morte de Lyoya, um refugiado congolês, enfureceu os membros de sua família e iniciou uma série de protestos em Grand Rapids por parte de ativistas que dizem que o episódio representa o mais recente exemplo de violência policial contra jovens negros.
A família de Lyoya exige que as autoridades demitam o policial que o baleou, e que ele seja indiciado criminalmente.
A polícia de Grand Rapids não estava disponível imediatamente para responder sobre as conclusões da autópsia independente.
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago)