Por Mike Stone e Lisa Maria Garza
GARLAND, Texas (Reuters) - A polícia do Texas matou a tiros dois homens armados que abriram fogo do lado de fora de uma exposição de charges do profeta Maomé perto de Dallas, no Texas, no domingo, organizada por um grupo descrito como anti-islâmico e considerado um evento de liberdade de expressão.
A emissora ABC News, citando uma autoridade do FBI, identificou um dos atiradores como Elton Simpson, um homem do Arizona que era alvo de uma investigação sobre terrorismo. Agentes do FBI e uma equipe antibombas estavam realizando uma operação de busca na casa de Simpson, em Phoenix, segundo a ABC.
A TV KPHO, de Phoenix, disse que o segundo homem morava no mesmo condomínio de apartamentos de Simpson, o Autumn Ridge Apartments. Ele não foi identificado, mas seu apartamento também foi alvo de busca, segundo a emissora, citando um agente do FBI.
A porta-voz do FBI Katherine Chaumont, em Dallas, disse que não tinha mais informações sobre os suspeitos. Uma equipe do FBI se encaminhou para o local às 4h15 da manhã (6h15 de Brasília) e ainda estava trabalhando, disse ela por email.
O ataque no subúrbio de Dallas foi uma repetição de ataques passados ou ameaças em outros países ocidentais contra arte representando o profeta Maomé. Em janeiro, homens armados mataram 12 pessoas no escritório em Paris do semanário satírico Charlie Hebdo, em um ataque visto como vingança por charges do jornal.
O ataque de domingo no Texas ocorreu pouco antes das 19h (horário local) em um estacionamento do Centro Culwell Curtis, um pavilhão esportivo coberto em Garland, um subúrbio a noroeste de Dallas. Geert Wilders, um polêmico político holandês anti-islâmicos que está em uma lista de alvos da Al Qaeda, estava entre os palestrantes do evento.
No incidente, os suspeitos armados dirigiram um carro até a parte da frente do edifício perto do encerramento do evento, e começaram a atirar contra um agente de segurança, atingindo sua perda, segundo a polícia e autoridades municipais.
Agentes da polícia de Garland que estavam no local ajudando a segurança do evento trocaram tiros com os homens armados, e os dois suspeitos foram mortos a tiros.
Representações do profeta Maomé são vistas como ofensivas pelo islã, e a arte ocidental que retrata o profeta irrita os muçulmanos e provocou ameaças e ataques de radicais.