Por Jatindra Dash
CUTTACK, Índia (Reuters) - Sessenta e um bebês morreram em um hospital infantil da Índia em um período de apenas duas semanas, provocando protestos e forçando o governo do Estado a iniciar uma investigação.
As mortes destacam os desafios enfrentados pelo sistema público de saúde indiano, que sucessivos governos não conseguiram resolver a escassez de funcionários e clínicas.
Esses problemas são agravados pela pobreza e condições sanitárias precárias em muitos vilarejos. Casos de tratamentos médicos de má qualidade também são regularmente relatados em todo o país.
Uma investigação criminal está sendo conduzida sobre três funcionários do Shishu Bhawan, ou Casa da Criança, na cidade de Cuttack, no estado de Odisha, disse o secretário estadual de Saúde, Atanu S. Nayak, nesta quarta-feira. Cinco funcionários foram suspensos.
Partidos da oposição, incluindo o Partido Bharatiya Janata, do primeiro-ministro Narendra Modi, realizaram protestos do lado de fora de diversos hospitais do governo em Odisha, balançando bandeiras e gritando contra autoridades do governo estadual.
"Um inquérito preliminar descobriu que (a equipe de funcionários) negligenciou seu trabalho, o que contribuiu com as mortes", disse Nayak, sem elaborar sobre as causas das mortes.