LISBOA/FUNCHAL, Portugal (Reuters) - Milhares de bombeiros portugueses lutavam nesta quinta-feira para controlar quase 200 incêndios florestais depois que chamas mataram ao menos quatro pessoas no território continental de Portugal e na ilha da Madeira no dia anterior.
O primeiro-ministro português, Antonio Costa, encurtou as férias e voou para a ilha da Madeira, onde mais de 200 edifícios na capital regional e estância popular de Funchal foram destruídos ou danificados e cerca de mil pessoas foram retiradas, inclusive turistas.
"Entendemos a dimensão desta tragédia horrível que devastou várias municipalidades aqui na Madeira, e também sabemos sobre as calamidades afetando outras zonas do país que agora precisam ser tratadas", disse ele aos repórteres.
Cerca de 260 pessoas continuavam em abrigos improvisados nesta quinta-feira, mas o governo regional disse que todos os turistas ou voltaram a seus hotéis ou foram transferidos para outros. Um resort cinco estrelas próximo de Funchal foi completamente destruído pelo fogo.
"Temos que ir para a próxima fase – reconstruir o que foi destruído, voltar à normalidade, reconstruir a confiança na Madeira como um grande destino turístico", disse Costa.
No território continental de Portugal, mais de 4.200 bombeiros apoiados por 30 aeronaves, incluindo várias enviadas da Itália, Espanha e Marrocos, estavam tentando apagar as chamas surgidas em meio a uma onda de calor e atiçadas por ventos fortes que incineraram a maior parte do norte florestado do país.
Dados provisórios do Instituto de Preservação Florestal citados pela mídia local revelaram que os incêndios destruíram cerca de 260 quilômetros quadrados de florestas só nos nove primeiros dias de agosto, mais do que a cifra de alguns anos anteriores inteiros.