PIDIE JAYA, Indonésia (Reuters) - As buscas foram retomadas na província indonésia de Aceh nesta quinta-feira na esteira de um forte terremoto que matou mais de 100 pessoas, e equipes médicas lutam para tratar as centenas de pessoas feridas à medida que os suprimentos chegam lentamente à área afetada.
O tremor de magnitude 6,5 de quarta-feira foi o pior desastre a atingir a província situada no extremo norte da ilha de Sumatra desde o tsunami de 2004 no oceano Índico, que matou mais de 120 mil pessoas só em Aceh.
Os congestionamentos nos arredores do epicentro do tremor, localizado na região administrativa de Pidie Jaya, em Aceh, frearam a entrega de suprimentos logísticos e medicinais enviados por agências do governo e por organizações não governamentais.
"Há muitos caminhões do governo e veículos particulares cheios de suprimentos... mas isso está causando muito congestionamento e algum atraso na reação inicial", disse Paul Dillon, da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Imagens de televisão mostraram alguns pacientes sendo atendidos em barracas improvisadas em estacionamentos porque os hospitais já estavam repletos.
A agência nacional de gerenciamento de desastres da Indonésia estimou o saldo de mortes em 102 nesta quinta-feira, além de mais de 700 feridos e milhares de pessoas desabrigadas.
A agência disse que mais de mil pessoas, incluindo militares e voluntários, foram encaminhadas para ajudar com as operações de busca e resgate.
Nesta quinta-feira as buscas devem se concentrar em um mercado que desabou e onde se acredita que ao menos cinco pessoas estão presas sob os escombros.
Entre as vítimas estão pessoas que iriam participar de uma festa de casamento, noticiou o jornal Jakarta Post.
"Elas planejavam ir a um casamento. Passaram a noite aqui", disse o morador Muhammad Armi, segundo o jornal.
Aceh foi devastada por um terremoto de grandes proporções e por um tsunami centrado em sua costa oeste, perto de Banda Aceh, no dia 26 dezembro de 2004. O tsunami matou 226 mil pessoas ao longo do litoral do Oceano Índico.
(Reportagem adicional de Fergus Jensen e Kanupriya Kapoor em Jacarta)