LONDRES (Reuters) - O Irã disse nesta quarta-feira que as novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra o país são uma tentativa de impedir os esforços dos signatários remanescentes para salvar o acordo nuclear de 2015 depois que os EUA decidiram se retirar do pacto internacional.
O Tesouro dos Estados Unidos impôs na terça-feira sanções contra o presidente do banco central do Irã, três outros indivíduos iranianos e um banco iraquiano, uma semana depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou o acordo que o Irã assinou com potências mundiais para conter seu programa nuclear.
O Irã descreveu as sanções como ilegais e alertou que se as negociações para resgatar o acordo fracassarem, elevará seu programa nuclear a um nível mais avançado do que antes.
"Com medidas tão destrutivas, o governo norte-americano está tentando influenciar a vontade e a decisão dos signatários restantes do acordo nuclear", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, segundo a agência de notícias Fars.
Ministros do Exterior de Grã-Bretanha, França e Alemanha reuniram-se em Bruxelas na terça-feira para buscarem formas de salvar o acordo nuclear sem os Estados Unidos, mas aparentemente enfrentarão dificuldades para continuar a fazer negócios com o Irã quando Washington começar a restabelecer as sanções.
(Reportagem de Bozorgmehr Sharafedin)