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Israel diz que está pronto para agir em Rafah, apesar de alertas internacionais

Publicado 24.04.2024, 15:13
© Reuters. Crianças palestinas sentam-se perto de casa demolida por um ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
21/04/2024
REUTERS/Mohammed Salem

Por Dan Williams

JERUSALÉM (Reuters) - As forças armadas de Israel estão prontas para retirar os civis palestinos de Rafah e atacar redutos do Hamas na cidade do sul da Faixa de Gaza, disse uma autoridade sênior da Defesa israelense nesta quarta-feira, apesar dos avisos internacionais sobre o risco de catástrofe humanitária.

Um porta-voz do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel estava "indo em frente" com uma operação terrestre, mas não informou um cronograma.

A autoridade disse que o Ministério da Defesa de Israel havia comprado 40.000 tendas, cada uma com capacidade para 10 a 12 pessoas, para abrigar palestinos realocados de Rafah antes de um ataque.

Um vídeo que circula na internet parece mostrar fileiras de tendas quadradas brancas sendo erguidas em Khan Younis, cidade a cerca de 5 km de Rafah. A Reuters não pôde verificar a veracidade do vídeo, mas analisou imagens da empresa de satélites Maxar Technologies, que mostravam acampamentos de barracas em terras de Khan Younis.

Uma fonte do governo israelense disse que o gabinete de guerra de Netanyahu planejava se reunir nas próximas duas semanas para autorizar a retirada de civis, que deve levar cerca de um mês.

A autoridade de Defesa, que pediu anonimato, disse à Reuters que os militares poderiam entrar em ação imediatamente, mas estavam aguardando o sinal verde de Netanyahu.

Rafah, que faz fronteira com o Egito, abriga mais de um milhão de palestinos que fugiram da ofensiva israelense no restante de Gaza e dizem que a perspectiva de ter de fugir mais uma vez é aterrorizante.

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"Tenho que decidir se vou sair de Rafah porque minha mãe e eu temos medo de que uma invasão aconteça de repente e não tenhamos tempo de fugir", disse Aya, 30 anos, que está morando temporariamente na cidade com sua família em uma escola.

Segundo ela, algumas famílias mudaram-se recentemente para um campo de refugiados na região costeira de Al-Mawasi, mas suas barracas pegaram fogo quando projéteis de tanques caíram nas proximidades. "Para onde vamos?"

COM FORÇA

Israel, que lançou sua guerra para aniquilar o Hamas após os ataques do grupo islâmico a cidades israelenses em 7 de outubro, diz que Rafah é lar de quatro batalhões de combate do Hamas, reforçados por milhares de combatentes em retirada, e que precisa derrotá-los para alcançar a vitória.

"O Hamas foi duramente atingido no setor norte. Também foi duramente atingido no centro da Faixa. E, em breve, também será duramente atingido em Rafah", disse à TV pública Kan o brigadeiro-general Itzik Cohen, comandante da 162ª Divisão de Israel, que opera em Gaza.

O aliado mais próximo de Israel, Washington, no entanto, pediu que o país deixasse de lado os planos de ataque e afirmou que Israel pode lidar com os combatentes do Hamas por outros meios.

"Não poderíamos apoiar uma operação terrestre em Rafah sem um plano humanitário apropriado, crível e executável, precisamente por causa das complicações para a entrega de assistência", disse na terça-feira, a jornalistas, David Satterfield, enviado especial dos EUA para questões humanitárias no Oriente Médio.

"Continuamos as discussões com Israel sobre o que acreditamos ser formas alternativas de lidar com um desafio que reconhecemos, que é a presença militar do Hamas em Rafah."

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O Egito avisa que não permitirá que os habitantes de Gaza sejam empurrados através da fronteira para seu território. O Cairo advertiu Israel contra o avanço sobre Rafah, o que "levaria a massacres humanos em massa, perdas (e) destruição generalizada", disse seu Serviço de Informações do Estado.

Israel retirou a maior parte de suas tropas terrestres do sul de Gaza neste mês, mas manteve os ataques aéreos e realizou incursões em áreas que suas tropas abandonaram. Os esforços dos Estados Unidos, do Egito e do Catar para intermediar um cessar-fogo prolongado a tempo de impedir um ataque a Rafah fracassaram até o momento.

Autoridades médicas de Gaza afirmam que mais de 34.000 pessoas foram mortas na campanha militar de Israel, e teme-se que outros milhares de corpos estejam sob os escombros.

O Hamas matou 1.200 pessoas e sequestrou 253 em 7 de outubro, de acordo com os registros israelenses. Desses reféns, 129 permanecem em Gaza, segundo autoridades israelenses. Mais de 260 soldados israelenses foram mortos em combates terrestres desde 20 de outubro, segundo o Exército.

H. A. Hellyer, membro associado sênior de estudos de segurança internacional do Royal United Services Institute, disse que espera o ataque a Rafah "mais cedo ou mais tarde" porque Netanyahu está sob pressão para atingir seus objetivos declarados de resgatar os reféns e matar todos os líderes do Hamas.

"A invasão de Rafah é inevitável, devido à forma como ele tem estruturado tudo isso", disse, alertando que não será possível que todos deixem a cidade. Portanto, "se ele enviar os militares para Rafah, haverá muitas baixas".

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(Redação de Dan Williams; reportagens adicionais de Andrew MacAskill e Nidal al-Mughrabi)

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