Por Andrew Chung e Lawrence Hurley e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - Ketanji Jackson, indicada pelo presidente Joe Biden à Suprema Corte dos EUA, se aproximou nesta quinta-feira de ser confirmada pelo Senado, enquanto especialistas do principal grupo de advocacia do país rejeitaram acusações de republicanos de que ela é fraca no combate a crimes, incluindo pornografia infantil.
Com o Comitê Judiciário do Senado completando o quarto e último dia de audiências de confirmação para Jackson, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, um democrata, disse que estava a caminho de confirmar a juíza federal para o cargo vitalício antes da programada pausa da Páscoa, em 8 de abril.
Não há sinais de que os ataques republicanos atrapalharão a confirmação, com os democratas do partido de Biden controlando o Senado. É necessária maioria simples para a confirmação. Com o Senado dividido em 50 a 50 entre os partidos, ela conseguirá o cargo se os democratas se mantiverem unidos, independente de como os republicanos votarem.
Após o juiz Stephen Breyer anunciar em janeiro que planeja se aposentar, Biden indicou Jackson em fevereiro para se tornar a primeira mulher negra a servir na Suprema Corte do país. O comitê deve votar em 4 de abril se enviará sua indicação para votação completa de confirmação do Senado.
O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, anunciou que votará contra a indicação. McConnell criticou Jackson, acusando-a de fugir de perguntas básicas sobre sua filosofia judicial e se recusar a responder questões sobre suas próprias decisões.
McConnell também criticou Jackson por ela ter se recusado a opinar sobre propostas da esquerda de expandir o número de ministros na Suprema Corte para anular a maioria de 6 a 3 dos conservadores. Jackson disse que é uma questão para o Congresso decidir. A juíza Amy Coney Barrett assumiu uma posição similar nas audiências de confirmação em 2020.
É possível que Jackson atraia um pequeno número de votos republicanos, mais provavelmente das senadoras Lisa Murkowski e Susan Collins.
(Reportagem de Andrew Chung e Lawrence Hurley)