BEIRUTE (Reuters) - O ministro das relações exteriores libanês, Gebran Bassil, disse nesta quinta-feira que o Líbano tomaria medidas contra a agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (Acnur) a partir de sexta-feira, sem especificar quais seriam essas medidas.
Bassil acusou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, que disse repetidas vezes que a situação na Síria é muito insegura para retornos, de intimidar refugiados que querem voluntariamente voltar para o país de origem a não o fazerem.
Ao passo as forças sírias e seus aliados retomam mais territórios, o presidente do Líbano e outros políticos estão pedindo que os refugiados retornem para "áreas seguras" antes de um acordo ser alcançado para acabar com a guerra. A visão internacional é de que não seria seguro para eles retornarem.
O Líbano abriga 1 milhão de refugiados sírios registrados, de acordo com a ONU, ou quase um quarto da população, que está fugindo da guerra desde 2011. O governo coloca esse número em 1,5 milhão e diz que a sua presença prejudicou os serviços públicos e suprimiu o crescimento econômico.
"Nossos procedimentos contra a Acnur começam amanhã e irão escalar a extensão máxima que a soberania libanesa pode alcançar para uma organização que age contra a política (do Líbano) de prevenir a naturalização e devolver os deslocados para sua terra natal", disse Bassil em discurso publicado em sua página no Twitter.
(Por Lisa Barrington)