OTTAWA (Reuters) - Líderes do G7 irão pressionar nesta semana o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas que Washington impôs sobre importações de aço e alumínio, mas precisam permanecer civilizados para tentar convencê-lo a mudar de ideia, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira.
Entretanto, Macron, falando com repórteres após se reunir com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também disse que os seis membros restantes do G7 formam um bloco poderoso e que podem sobreviver se os Estados Unidos decidirem abrir mão de seu papel global.
Os comentários de Macron refletem tensões sobre comércio que podem ofuscar a cúpula do G7 marcada para os dias 8 e 9 de junho. Membros do G7 dizem que serão firmes ao confrontar Trump, mas que não querem uma ruptura com os Estados Unidos que pode causar uma grande guerra comercial.
"Nesse contexto, nós sempre temos que, sobretudo, permanecer educados, permanecer produtivos e tentar convencê-lo a manter os Estados Unidos a bordo, porque eles são nossos aliados históricos e nós precisamos deles", disse Macron.
Trudeau disse que os líderes do G7 irão transmitir sua insatisfação no que chamou de contexto educado e cordial, e expressou otimismo sobre a cúpula de dois dias que acontecerá em Quebec.
Uma autoridade graduada da França disse a repórteres na quarta-feira que os líderes não irão apresentar nenhum tipo de ultimato a Trump durante a cúpula.
(Reportagem de David Ljunggren)