Por Daren Butler
ISTAMBUL (Reuters) - O principal líder de oposição da Turquia apresentou um recurso judicial à Corte Europeia, nesta terça-feira, sobre uma votação de abril que deu amplos poderes ao presidente turco, Tayyip Erdogan, intensificando o desafio ao governo enquanto lidera uma marcha de protesto de 425 quilômetros.
Erdogan acusa os manifestantes, que marcham de Ancara a Istambul, de "agirem juntos com grupos terroristas", se referindo a militantes curdos e a seguidores de um clérigo radicado nos Estados Unidos que o governo turco diz ser responsável por uma tentativa frustrada de golpe no ano passado.
Kemal Kilicdaroglu, líder do oposicionista Partido Republicano do Povo (CHP), revidou nesta terça-feira, defendendo sua "marcha da justiça" e acusando o governo de criar um Estado de partido único após a tentativa fracassada de golpe do dia 15 de julho.
No 20º dia de sua marcha, motivada pela prisão de um membro do CHP acusado de espionagem, Kilicdaroglu enviou um recurso à Corte Europeia de Direitos Humanos contra a decisão do conselho eleitoral de aceitar cédulas de voto não carimbadas no referendo do dia 16 de abril desse ano.
(Reportagem adicional de Gulsen Solaker)