NAIRÓBI (Reuters) - Líderes africanos propuseram nesta terça-feira a criação de um fundo especial para combater grupos militantes islâmicos que crescem com força desde o Quênia até a Nigéria.
Os Estados da União Africana (UA) anunciaram a ideia depois que as conversações em Nairóbi sobre o problema foram destacadas nesta terça-feira com a captura de uma cidade no nordeste da Nigéria por militantes do Boko Haram. O combate matou dezenas de pessoas, de acordo com as forças de segurança, e forçou a fuga de pelo menos 5 mil.
Um alto funcionário da União Europeia também disse à cúpula que os avanços do Estado Islâmico no Iraque e na Síria, onde controla vastas áreas de território, podem ajudar a desencadear uma competição entre ele e a al Qaeda na busca para se tornar o grupo militante islamita líder na África.
O presidente Uhuru Kenyatta, do Quênia, onde homens armados da Al Shabaab mataram 67 pessoas em setembro passado em um ataque a um shopping center, disse que os países africanos devem estar juntos contra a ameaça do Boko Haram e do Al Shabaab.
"Nenhum Estado pode enfrentar esta ameaça sozinho", disse ele. "É particularmente preocupante na África de hoje que as organizações terroristas tenham crescido tanto em termos de número e capacidade."
O presidente do Chade, Idriss Deby, que preside o Conselho de Paz e Segurança da UA, disse: "Há uma proposta de criação de um fundo especial para combater o terrorismo."
Mas Deby, acompanhado por Kenyatta e o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, em entrevista coletiva, não deu detalhes sobre quem iria contribuir para o fundo ou como o dinheiro seria usado.
(Por Drazen Jorgic e Edith Honan)