LONDRES (Reuters) - Membros de uma campanha para que o Reino Unido continue na União Europeia vão fazer um "pedido patriótico" alegando que o país é mais seguro na Europa, disse o grupo neste domingo, com líderes empresariais, políticos e personalidades da televisão liderando a causa.
Chamada "Grã-Bretanha mais forte na Europa", a campanha será lançada na segunda-feira, com o objetivo de mostrar um amplo apelo para lutar pela manutenção do Reino Unido como membro da União Europeia, o maior bloco comercial do mundo, antes de um referendo que o primeiro-ministro David Cameron disse que será realizado no final de 2017.
Cameron cedeu espaço aos "eurocéticos" entre os conservadores ao oferecer a realização do referendo, com a expectativa de enterrar um assunto que dividiu o partido por anos.
Mas os britânicos estão cada vez mais divididos sobre a Europa, o que complica ainda mais uma votação que pode lançar uma sombra sobre os últimos cinco anos no poder de Cameron.
Um dia após nomear o colega conservador Stuart Rose, ex-chefe da rede de lojas Marks and Spencer, como seu chefe, a campanha pró-UE disse que também será apoiada pela conservadora, empresária e personalidade televisiva Karren Brady e por Peter Mandelson, um ex-ministro do Trabalho e comissário de comércio europeu, entre outros.
"Com experiência em segurança, cultura, negócios, movimentos jovens, sindicatos, universidades e política, nosso conselho está pronto para provar por que a Grã-Bretanha é mais forte, mais segura e melhor na Europa", disse Will Straw, diretor-executivo da campanha, em um comunicado.
Cameron, pessoalmente, é a favor de a Grã-Bretanha continuar em uma União Europeia reformada, mas disse que não ficaria "com o coração partido" em sair da UE.
(Por Elizabeth Piper)