BEIRUTE (Reuters) - Mais de 120 mil combatentes que apoiam o presidente sírio, Bashar al-Assad, morreram desde o início da guerra civil no país em 2011, informou nesta quarta-feira um grupo que monitora os combates.
O conflito na Síria começou como um movimento de protesto pacífico pedindo reformas em 2011, mas degenerou em uma guerra civil depois da repressão do governo. No total, mais de 200 mil pessoas morreram e milhões deixaram seus lares.
Sediado em Londres, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que cerca de 11 mil membros das forças governamentais e de milícias leais foram mortos nos cinco meses desde que Assad fez o discurso de posse de seu terceiro mandato presidencial.
Detalhando as baixas, o Observatório disse que cerca de 5.631 efetivos das Forças Armadas foram mortos por bombardeios, troca de tiros, queda de aeronaves, atentados suicidas, franco-atiradores, execuções e carros-bomba desde o discurso.
Outros 4.492 milicianos foram mortos, assim como 735 combatentes de origem árabe, asiática e iraniana, e 91 do grupo xiita libanês Hezbollah, segundo a entidade.
Combatentes xiitas, inclusive dos vizinhos Iraque e Líbano, foram se juntar à luta para ajudar Assad, membro da seita alauíta, derivada do xiismo, contra os rebeldes sunitas que tentam depô-lo.
É difícil verificar a exatidão do saldo de mortes no conflito, mas as cifras calculadas pelo Observatório são amplamente vistas como confiáveis. Em agosto a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que mais de 190 mil pessoas haviam morrido na guerra.
(Por Alexander Dziadosz)