Por Atthit Perawongmetha
SINGATI, Nepal. (Reuters) - Dezenas de pessoas, incluindo assistentes humanitários que transportavam suprimentos de emergência, ainda estavam desaparecidos no interior e nos arredores do vilarejo nepalês de Singati nesta sexta-feira, três dias depois que um forte terremoto desencadeou um deslizamento de terra na área.
Depois do tremor de 25 de abril, que matou mais de 8 mil pessoas, o terremoto de terça-feira ressuscitou o pânico em regiões remotas ao leste da capital Katmandu. Um funcionário local disse que 12 corpos foram recuperados dos destroços de prédios em Singati.
O cadáver de um homem ainda podia ser visto preso sob uma estrutura de concreto. Nas ruínas do mercado do vilarejo, um homem de 40 anos aos prantos fazia buscas em um prédio desmoronado. Sabe-se que mais de 100 pessoas morreram no sismo de terça-feira, um tremor secundário resultante do terremoto de magnitude 7,8 de abril.
"Estou procurando meu filho. Ele desapareceu", contou Rawne Bisunke, cujo filho de 16 anos havia saído para comprar uma passagem de ônibus em um bazar quando o terremoto de magnitude 7,3 de três dias atrás ocorreu.
Na estrada que parte do vilarejo, que fica cerca de 75 quilômetros ao leste de Katmandu, outros deslizamentos de terra atrapalharam os esforços de busca de um comboio de ajuda desaparecido, informou o administrador do distrito de Dolakha, Prem Lal Lamichane, à Reuters.
"Tememos que alguns veículos levando materiais de socorro e vários moradores que tentavam receber esse socorro tenham sido soterrados pelos deslizamentos", disse. "Os agentes de resgate estão tendo dificuldade para chegar à área por causa dos deslizamentos de terra."
(Reportagem adicional de Krista Mahr e Gopal Sharma)