WASHINGTON (Reuters) - Um manifestante foi esmurrado durante evento da campanha de Donald Trump na Carolina do Norte, enquanto o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos condenou a rival democrata Hillary Clinton por ter chamado os partidários do republicano de "deploráveis".
"Nunca na história um candidato presidencial de um grande partido demonizou tão cruelmente o eleitor norte-americano", disse Trump a uma multidão em Asheville, Carolina do Norte, na noite de segunda-feira, pouco antes do início de protestos contra ele.
Um homem que aparentava ser partidário de Trump agarrou pelo pescoço um manifestante, cerrou os punhos e o socou, de acordo com imagens das redes NBC e ABC. Os manifestantes foram escoltados para fora do local.
O jornal Citizen-Times, de Asheville, relatou que quatro pessoas foram presas na manifestação. O governo do condado de Buncombe confirmou os nomes de três adultos presos citados no artigo, mas não pôde confirmar o local das prisões.
Trump se referia em discurso a um comentário feito na semana passada por Hillary, no qual disse que metade dos eleitores de Trump são um "bando de deploráveis". Posteriormente, ela disse ter se arrependido.
Nesta terça-feira, Trump atacou Hillary mais uma vez em publicação no Facebook, dizendo: "Que coisa vergonhosa falar sobre colegas trabalhadores norte-americanos... mantenham o ódio de Hillary longe de Washington".
Trump também foi alvo de críticas por sua retórica contra minorias durante sua campanha para a eleição de 8 de novembro. Ele descreveu imigrantes mexicanos como criminosos e estupradores, sugerindo que um juiz poderia não ser justo por conta de sua herança mexicana-americana, e propondo um banimento temporário de muçulmanos nos Estados Unidos.
Brigas entre partidários e manifestantes ocorreram diversas vezes em eventos da campanha de Trump.
(Reportagem de Eric Walsh)