BAGDÁ (Reuters) - Forças de segurança iraquianas abriram fogo contra manifestantes que invadiram a bastante protegida Zona Verde nesta sexta-feira e entraram num prédio do governo, provocando chamados por revolta de um poderoso clérigo muçulmano xiita.
Dezenas de manifestantes ficaram feridos pelos disparos e pelo gás lacrimogêneo lançado, segundo testemunhas. Alguns agentes de segurança foram esfaqueados, de acordo com um comunicado militar. Autoridades não puderam verificar imediatamente relatos de que civis haviam sido mortos.
Entre os milhares de manifestantes, havia apoiadores do clérigo Moqtada al-Sadr e pessoas de outros grupos frustrados com o fracasso do governo em aprovar reformas anticorrupção e garantir a segurança.
O governo impôs por um curto período de tempo toque de recolher em Bagdá, e autoridades disseram mais tarde que a ordem havia sido restabelecida depois do que foi chamado de protestos violentos na Zona Verde, que abriga o Parlamento, edifícios do governo e muitas embaixadas.
"Infiltrados se aproveitaram da preocupação de nossas forças com os preparativos para a batalha de Falluja para penetrar nas instituições do Estado e provocar caos”, afirmaram os militares, se referindo à cidade 50 km a oeste de Bagdá controlada pelo Estado Islâmico há mais de dois anos.
(Por Kareem Raheem e Stephen Kalin)