SEUL (Reuters) - Milhares de sul-coreanos protestaram em Seul neste sábado exigindo a renúncia da presidente Park Geun-hye, em meio ao aprofundamento da crise sobre alegações de que uma amiga teria exercido influência inadequada sobre ela e interferido nos assuntos do Estado.
O protesto ocorreu num momento em que promotores investigam assessores presidenciais e outros funcionários para determinar se eles quebraram a lei para permitir que a amiga de Park, Choi Soon-sil, exercesse influência indevida e tivesse ganhos financeiros.
Irritados com a situação, sul-coreanos dizem que Park teria traído a confiança pública e feito uma gestão irresponsável do governo, o que justificaria a perda do mandato para liderar o país.
"Ela deve deixar o cargo", afirmou o prefeito da cidade de Seongnam, ao sul de Seul, Lee Jae-myung, um crítico declarado do governo.
"Se Park Geun-hye não for mais presidente, nossa vida será pior e a tensão com a Coreia do Norte será pior?", perguntou ele à multidão, que respondeu que não.
Segundo a polícia, cerca de 8.000 pessoas participaram da manifestação, organizada por grupos cívicos de esquerda. Os organizadores disseram que o número de participantes marchando pela capital teria atingido até 30.000.
Park está no quarto ano de um mandato de cinco anos. Partidos da oposição exigiram uma investigação completa sobre o caso, mas não levantaram a possibilidade de impeachment.
No fim da sexta-feira, o gabinete de Park divulgou que a presidente determinou que secretários seniores renunciassem e que ela irá reorganizar o gabinete num futuro próximo.
(Por Jack Kim)