Por Daniel Trotta
NOVA YORK (Reuters) - Transgêneros norte-americanos podem encontrar maior aceitação no futuro, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos, que mostra jovens adultos e mulheres mais abertas para as pessoas que usam banheiros públicos conforme a sua identidade de gênero.
A questão está polarizando grande parte dos Estados Unidos, principalmente na Carolina do Norte, onde grandes empresas e estrelas do rock estão boicotando o Estado após uma nova lei exigir que as pessoas usem o banheiro público de acordo com a sua certidão de nascimento.
Norte-americanos com idades entre 18 a 29 anos apoiam deixar os indivíduos transgêneros usarem o banheiro de sua identidade em uma proporção de 2 para 1. Entre os norte-americanos com 60 anos ou mais, a proporção era de 2 para 1 em sentido inverso, com as pessoas dizendo o uso do banheiro deve ser determinado pelo gênero em sua certidão de nascimento.
Quarenta e quatro por cento das mulheres apoiam que um homem que está em transição de masculino para feminino use seus banheiros públicos, em comparação com 39 por cento que dizem que eles devem utilizar as instalações correspondentes a seu sexo atribuído à nascença.
"Se não estiverem prejudicando ninguém, não estiverem prejudicando as crianças, e se vestem como homens ou mulheres de acordo com o banheiro onde eles estão indo, eles têm os mesmos direitos que todos os outros", disse Debbie Dellera, 65, uma republicana e apoiadora do pré-candidato Donald Trump de Nova Jersey, que participou da pesquisa.
No geral, o público é mais ou menos dividido, com 43 por cento dizendo que estão mais próximos da visão de que as pessoas devem usar banheiros públicos "de acordo com o sexo biológico em sua certidão de nascimento" em comparação com 41 por cento que optam por "de acordo com o sexo com o qual eles se identificam."
A pesquisa com 2.039 pessoas foi realizada de 12 a 18 de abril, em meio a controvérsias sobre o tema em vários Estados dos EUA, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais. Para o subgrupo de 18 a 29 anos, a margem de erro é de 5,5 pontos.