BRASÍLIA (Reuters) - Na reta final da campanha, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, reforçou a ideia de que encarna o desejo de mudança da população em sua propaganda eleitoral na TV.
"Hoje, todos aqueles que querem mudar tem que estar unidos. E juntos nós vamos dar um grande passo. Vamos ganhar as eleições no domingo e dar ao Brasil um governo que há muito tempo todos nós merecemos", disse o candidato no horário eleitoral obrigatório desta terça-feira, utilizando expressões como "sentimento novo" e "sentimento da mudança".
"As forças que querem mudar, elas estão cada vez mais unidas em torno do mesmo projeto. Um novo e ousado projeto de país. E essa força, ela é fundamental para que a gente possa mudar de verdade as coisas no nosso país", afirmou, citando os apoios da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PSB), e de seu partido à sua candidatura.
O presidenciável chegou a se dirigir diretamente aos eleitores indecisos.
"A você, que ainda não tomou a sua decisão, que está avaliando a proposta dos dois candidatos, eu te faço um convite. Venha com a gente, você vai se orgulhar muito de um governo decente e eficiente, um governo que vai mudar de verdade o Brasil", disse o tucano.
Já o programa da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, apresentou, logo no início a recente liderança da petista na corrida eleitoral segundo pesquisas divulgadas na noite de segunda-feira4.
Esta foi a primeira vez que a propaganda da presidente recorreu às sondagens na campanha do segundo turno, estratégia que vinha sendo usado pelos tucanos.
Pesquisa Datafolha apontou vantagem numérica de Dilma pela primeira vez nessa segunda rodada de votações. A petista alcançou 52 por cento dos votos válidos (ante 49 por cento no levantamento anterior), enquanto Aécio foi a 48 por cento (ante 51 por cento).
Os dois candidatos continuam em empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
O programa da presidente voltou a martelar na diferença entre os modelos de gestão do país entre o PT e o PSDB.
(Por Maria Carolina Marcello)