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Netanyahu retoma postura partidária em aparição na TV israelense

Publicado 24.06.2024, 12:19
© Reuters. Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahun18/02/2024nREUTERS/Ronen Zvulun

Por Maayan Lubell

JERUSALÉM (Reuters) - Era uma cena típica de Benjamin Netanyahu: um entrevistador amigável, aplausos estridentes de uma plateia que o apoia e um apelo explícito aos seus aliados de direita contra o retorno da esquerda ao poder em Israel.

Durante uma entrevista no Canal 14 da televisão de Israel no domingo, o primeiro-ministro ganhou as manchetes ao anunciar que os combates mais intensos em Gaza terminarão em breve, mas que as forças israelenses ainda lutarão até erradicar o Hamas.

Ele repetiu uma posição de longa data de que está disposto a concordar apenas com pausas temporárias nos combates para libertar alguns reféns, e não com o fim total da guerra que o Hamas exigiu antes de concordar com qualquer trégua.

A declaração atraiu denúncias das famílias de reféns, que há muito tempo o acusam de atrasar a libertação ao prolongar a guerra, e do Hamas, que diz que Netanyahu não manteve uma proposta de cessar-fogo defendida pelos Estados Unidos e apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Porém, tão notável quanto tudo o que Netanyahu disse foi o local que ele escolheu para fazer isso: diante de um público amigável que o aplaudia, em sua primeira entrevista na TV israelense ao vivo desde o ataque dos combatentes liderados pelo Hamas que precipitou a guerra em Gaza.

Era Netanyahu de volta ao seu elemento natural, um formato de programa que ele é conhecido por gostar nas dez campanhas eleitorais nacionais que disputou como líder do partido Likud nas últimas três décadas, conquistando o poder ou mantendo-o em oito delas.

"Este é um governo de direita e, se ele cair, não demorará muito para que haja um governo de esquerda que fará uma coisa imediatamente -- estabelecer um Estado terrorista palestino", disse Netanyahu.

Embora seja muito cedo para sugerir que Netanyahu possa estar se preparando para uma eleição -- que seria a sexta em pouco mais de cinco anos -- o retorno ao seu estilo familiar de campanha mostra a necessidade de reforçar sua coalizão, disse o cientista político Gideon Rahat, do Israel Democracy Institute.

"Ele estava se dirigindo à sua base", disse Rahat. "Ele está sustentando seu governo... esse é o objetivo principal. E ele está conseguindo, está ganhando tempo."

Nos últimos oito meses, Netanyahu tem dado entrevistas para a televisão norte-americana, mas evitado falar com emissoras israelenses.

Em vez de seu conhecido pugilismo partidário, ele tem tentado se apresentar como uma figura de consenso no comando de um governo de emergência de união nacional, que incluía seu rival centrista Benny Gantz, que se juntou a ele após os ataques do Hamas em 7 de outubro.

Há duas semanas, Gantz se retirou da coalização, acusando o governo de Netanyahu de não ter um plano de longo prazo para Gaza após a guerra. Desde então, o premiê tem se concentrado mais abertamente em fortalecer a coalizão de direita que o levou de volta ao poder há um ano e meio.

© Reuters. Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
18/02/2024
REUTERS/Ronen Zvulun

Ele tem resistido à pressão de aliados religiosos de extrema-direita e ultraortodoxos sobre uma série de leis polêmicas relacionadas a nomeações de rabinos e alistamento militar. Na semana passada, Netanyahu disse que essas iniciativas corriam o risco de dividir a coalizão e que deveriam ser deixadas de lado em tempos de guerra.

Ainda assim, houve poucos sinais de um esforço organizado de seus oponentes políticos para forçar uma nova eleição em breve.

Por enquanto, sua oposição mais veemente vem dos membros da família dos reféns, que se aproveitaram de seus comentários no domingo de que consideraria apenas uma trégua "parcial" para libertar "alguns" dos reféns antes de continuar lutando para derrotar o Hamas.

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