(Reuters) - A seleção brasileira já tem uma base para o primeiro amistoso depois da decepção na Copa América, mas o time ainda não foi confirmado pelo técnico Dunga, com a dúvida se ele vai escalar o atacante Neymar entre os titulares.
Neymar treinou entre titulares e reservas nesta quinta-feira nos Estados Unidos, local da partida de sábado contra Costa Rica e de terça-feira diante dos EUA.
Como o Brasil não terá o atacante do Barcelona nos dois primeiros jogos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, Dunga vem fazendo observações no time e não anunciou seus planos. O time titular formado no treino de quinta-feira tinha Marcelo Grohe, Danilo, Miranda, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho, Lucas Lima e Willian; Hulk e Douglas Costa.
O lateral direito Danilo, que trocou o Porto pelo Real Madrid recentemente e ficou de fora da Copa América por contusão, está animado com a possibilidade de voltar a ser titular na seleção brasileira. Na competição no Chile, o veterano Daniel Alves foi o titular, mas acabou cortado dos amistosos nos EUA por lesão.
"Fiquei um pouco frustrado porque vinha há um ano com o Dunga, tendo boas oportunidades e vencendo. O Daniel foi bem e fez excelente trabalho. Espero dar sequencia e buscar de volta minha posição", afirmou Danilo. "A disputa é acirrada e sadia na lateral da seleção."
O veterano Kaká, de 33 anos, tem atuado entre os reservas, mas deve ter uma chance nos amistosos. O meia Willian, que disputou a Copa de 2014, admite que com jogadores como Kaká e Lucas no banco, os titulares precisam render e não podem se acomodar.
"Seleção você tem sempre que estar provando e evoluindo. Tenho confiança de todos e nunca me acomodo e sempre procuro evoluir para permanecer no meu lugar", disse.
Antes da Copa América, em junho, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Paraguai, o quarteto de frente tinha Willian, Oscar, Neymar e Tardelli ou Firmino. Agora, Willian deve ser o único do quarteto de frente. Oscar foi cortado por contusão, Firmino está no banco e Tardelli sequer foi chamado por Dunga.
O jogador do Chelsea reconhece a maior dificuldade de entrosamento com a nova formação. "Estávamos acostumados a jogar ali na frente e agora com jogadores novos a gente demora um pouco para pegar o entrosamento, mas com a técnica a gente consegue superar e buscar vitórias", avaliou.
(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)