Por Sofia Menchu
TAPACHULA, México (Reuters) - Centenas de migrantes, a maioria hondurenhos, entraram no sul do México nesta sexta-feira e se juntaram às cerca de mil pessoas da América Central que cruzaram a fronteira no dia anterior, colocando em teste a promessa mexicana de garantir o fluxo ordenado e seguro de pessoas.
O grupo entrou no Estado de Chiapas antes do amanhecer e sem a necessidade de usar as pulseiras coloridas que as autoridades entregavam aos migrantes na quinta-feira, para que fossem usadas até o registro oficial, disseram vários migrantes e uma funcionária do governo mexicano à Reuters.
“A estrada hoje estava aberta”, disse Marco Antonio Cortez, de 37 anos, um padeiro de Honduras que viaja com a esposa e os dois filhos, de dois e nove anos. “Eles não nos deram as pulseiras nem nada, eles simplesmente nos deixaram passar pela imigração do México.”
Uma agente do controle de imigração no ponto de entrada, que pediu para não ser identificada por não estar autorizada a falar com a imprensa, disse que ao menos mil pessoas cruzaram a fronteira da Guatemala para o México perto das 5h, sem a necessidade das pulseiras.
Autoridades de imigração não responderam perguntas sobre o porquê das pulseiras não terem sido entregues nesta sexta-feira.
O grupo de migrantes seguiu a pé por uma estrada, acompanhados de policiais federais, até chegar a um abrigo na cidade de Tapachula em torno do meio dia.
O instituto migratório do México disse em nota que os migrantes têm a opção de ficar em abrigos temporários no México até receberem vistos humanitários que os permitam permanecer no país, ou de esperar na Guatemala até que sua documentação esteja pronta.