NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

Novo teste nuclear da Coreia do Norte leva EUA a pedirem mais sanções

Publicado 09.09.2016, 19:41
Atualizado 09.09.2016, 19:50
© Reuters. Norte-coreanos , em Pyongyang, caminham perto de uma tela gigante durante transmissão do anúncio do governo de que a Coreia do Norte realizou o seu quinto teste nuclear
PSON
-

Por Jack Kim e Michelle Nichols

SEUL/NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Coreia do Norte conduziu o seu quinto e maior teste nuclear nesta sexta-feira e disse que dominou a técnica para montar uma ogiva num míssil balístico, elevando a ameaça que rivais e as Nações Unidas têm sido incapazes de conter.

A explosão, realizada no 68° aniversário da criação da Coreia do Norte, provocou uma nova onda de condenações globais. Os Estados Unidos afirmaram que iriam trabalhar com parceiros para impor novas sanções e fizeram um chamado para que a China use a sua influência como principal aliado norte-coreano para pressionar Pyongyang a terminar com o seu programa nuclear.

Sob o comando de Kim Jong Un, de 32 anos e da terceira geração de líderes, a Coreia do Norte acelerou o desenvolvimento dos programas nuclear e de mísseis, apesar das sanções das Nações Unidas que foram intensificadas em março e isolaram ainda mais o país empobrecido.

O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente o teste nuclear e disse que iria começar a trabalhar imediatamente em medidas adequadas para aprovar resoluções. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao grupo de 15 membros para permanecer unido e tomar medidas "urgentemente para quebrar a aceleração da escalada espiral".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou depois de falar por telefone com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que eles concordaram em trabalhar com o Conselho de Segurança e outras potências para aplicar com vigor as medidas já existentes contra a Coreia do Norte e para tomar “passos adicionais significativos, incluindo novas sanções”.

O secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, pediu que se redobrasse a pressão internacional sobre a Coreia do Norte e citou o papel que, segundo ele, a China deveria assumir.

“É responsabilidade da China”, disse ele à imprensa durante visita à Noruega. “A China tem e compartilha uma responsabilidade importante em relação a esse desenvolvimento e tem uma responsabilidade importante para revertê-lo.”

A China declarou que se opõe firmemente ao teste e pediu que a Coreia do Norte interrompa qualquer ação que possa piorar a situação. Os chineses afirmaram que apresentariam um protesto à embaixada da Coreia do Norte em Pequim.

A porta-voz do Ministério do Exterior da China, contudo, não discutiu se o país apoiaria sanções mais duras contra os vizinhos norte-coreanos.

A Rússia, a União Europeia, a Otan, a Alemanha e o Reino Unido também condenaram o teste.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que os EUA se mantinham abertos para negociações “críveis e autênticas” sobre a desnuclearização da península coreana, mas acrescentou que a Coreia do Norte havia mostrado que não ser um parceiro com credibilidade num diálogo. As negociações envolvendo as Coreias do Norte e do Sul, os Estados Unidos, o Japão, a Rússia e China foram interrompidas em 2008.

A Coreia do Norte, que classifica a Coreia do Sul e os EUA como seus principais inimigos, afirmou que seus “cientistas e técnicos realizaram um teste de explosão nuclear para avaliar o poder de uma ogiva nuclear”, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

O teste mostrou que a Coreia do Norte é capaz de montar uma ogiva nuclear num míssil balístico de médio alcance, disse Pyongyang.

As declarações norte-coreanas de que o país é capaz de miniaturizar uma ogiva nuclear nunca foram verificadas de forma independente.

Os testes contínuos, apesar das sanções, representam um desafio para Obama nos últimos meses do seu governo e podem se tornar um fator nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro, um problema que será herdado por quem sair vitorioso.

© Reuters. Norte-coreanos , em Pyongyang, caminham perto de uma tela gigante durante transmissão do anúncio do governo de que a Coreia do Norte realizou o seu quinto teste nuclear

"Sanções já foram impostas sobre quase tudo que é possível. Sendo assim, a política está num impasse”, afirmou Tadashi Kimiya, professor da Universidade de Tóquio, especialista no tema.

"Na realidade, os meios pelos quais os EUA, a Coreia do Sul e o Japão podem colocar pressão na Coreia do Norte chegaram ao limite”, completou.

(Reportagem de Jack Kim, Ju-min Park, James Pearson (LON:PSON), Se Young Lee, Nataly Pak e Yun Hwan Chae em Seul; reportagem adicional de Ben Blanchard em Pequim, Kaori Kaneko e Linda Sieg em Tóquio, Kirsti Knolle em Viena, Doina Chiacu, Idrees Ali e Eric Beech em Washington, Michelle Nichols nas Nações Unidas, Phil Stewart em Oslo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.