WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira que manterá seu compromisso de indicar um novo juiz para a Suprema Corte apesar dos questionamentos dos republicanos no Senado, dizendo que escolherá alguém de "mente independente" que entende como as leis afetam a vida das pessoas.
Em uma postagem como convidado do blog independente scotusblog.com, Obama delineou as principais qualidades que procura no substituto do juiz Antonin Scalia, que morreu este mês. Obama não falou em prazo para fazer sua seleção.
Ele disse que a pessoa escolhida "será eminentemente qualificada" e terá domínio da lei para dar respostas claras a questões legais complicadas. Além disso, "a pessoa que eu indicar será alguém que reconhece os limites do papel do judiciário; que entende que o trabalho de um juiz é interpretar a lei, não criar leis", afirmou.
Obama disse também que quer um indicado que tenha experiência de vida para entender que a lei não é uma teoria abstrata, mas algo que "afeta a realidade diária das vidas das pessoas em uma democracia grande e complicada e em tempos de mudanças rápidas".
O Senado precisa confirmar qualquer indicado do democrata Obama, mas o líder da maioria, o republicano Mitch McConnell, prometeu não permitir que a câmara analise nenhum indicado durante o último ano do presidente no cargo.
A morte de Scalia, um conservador ferrenho, deixou o tribunal dividido ideologicamente entre os oito juízes até o final de seu mandato. A corte pode ainda estar com um assento vago quando iniciar sua próxima sessão, em outubro.
Obama, que colocou dois juízes no tribunal durante seus sete anos na Presidência, escreveu que irá "cumprir minha obrigação constitucional de indicar um juiz para nossa mais alta corte" e exortou o Senado de maioria republicana a também cumprir sua responsabilidade conforme a constituição do país.
"Espero que eles ajam rapidamente para debater e depois confirmar este indicado, de forma que o tribunal continue a servir o povo norte-americano com plena força", escreveu.
(Por Susan Heavey)