Por Roberta Rampton
DILLINGHAM, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguiu de avião para vilas remotas de povos nativos do Alasca em uma viagem que a Casa Branca espera que possa chamar atenção para como a mudança climática está afetando os norte-americanos.
Obama vai se tornar o primeiro presidente em exercício dos EUA a visitar uma comunidade ao norte do Círculo Ártico quando chegar a Kotzebue, um vilarejo ártico de cerca de 3.000 habitantes que enfrenta a erosão costeira causada pela elevação dos mares.
Antes de seguir para Kotzebue, Obama foi a Dillingham, onde ficam as maiores peixarias de salmão do mundo e cujos moradores lutam contra o projeto de extração de cobre e ouro da mina Pebble, proposto pela empresa Northern Dynasty Minerals.
Sem se incomodar com a garoa, Obama caminhou até as margens do rio Nushagak, onde mulheres que sobrevivem da pesca esticaram para capturar o salmão prateado.
"Preciso arrumar umas luvas para poder manipular meu peixe", disse Obama. Ao ser erguido, o peixe soltou excrementos sobre os sapatos do presidente. "Opa, o que aconteceu aqui?", indagou.
Obama conversou com Alannah Hurley, representante das Tribos Unidas da Baía Bristol, que integra uma coalizão de combate à mina. "Nunca vimos uma mina do tamanho do projeto Pebble", disse ela a jornalistas pouco antes da chegada do presidente.
(Reportagem adicional de Steve Quinn, em Juneau)