KARACHI (Reuters) - Uma onda de calor intensa ao longo de três dias matou mais de 180 pessoas no sul do Paquistão, na província de Sindh, levando as autoridades a declarar estado de emergência, à medida que a rede de eletricidade entrou em colapso e corpos se amontoavam nos necrotérios.
Houve apagões em grandes partes de Karachi, coração financeiro do Paquistão e onde moram cerca de 20 milhões de pessoas, levando moradores a acender fogueiras para protestar.
Corpos não identificados estavam sendo rapidamente cremados para abrir espaço nos necrotérios, de acordo com Anwar Kazmi, funcionário da Fundação Edhi, uma entidade beneficente.
"Estamos pedindo que as pessoas enterrem seus mortos o mais rapidamente possível, tendo em vista a onda de calor atual e a situação energética ruim", disse ele à Reuters.
Pelo menos 180 pessoas morreram de problemas relacionados com o calor desde sexta-feira, de acordo com Sabir Memon, secretário adicional de Saúde da província de Sindh. Todas as folgas para os trabalhadores da área médica foram canceladas.
A temperatura chegou aos 44 graus Celsius no sábado e aos 43 graus Celsius no domingo, coincidindo com o aumento da demanda por energia à medida que as famílias observam o Ramadã, quando os muçulmanos jejuam durante o dia.
(Por Syed Raza Hassan)