NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas autorizou o envio de uma força de proteção com 4 mil membros em Juba, capital do Sudão do Sul, como parte de uma missão pacificadora da ONU e ameaçou um embargo de armas se o governo não cooperar.
A resolução elaborada pelos Estados Unidos foi adotada com onze votos a favor e as abstenções da Rússia, China, Egito e Venezuela.
A autorização ocorre após vários dias de confronto pesado envolvendo tropas leais ao presidente Salva Kiir e os partidários do ex-vice-presidente Riek Machar, que aumentaram os temores de um retorno à guerra civil em larga escala no país mais novo do mundo.
"Até que os líderes do Sudão do Sul estejam dispostos a colocar o que é bom para as pessoas acima de si próprios, colocando a paz a frente de suas ambições pessoais e poder... o povo do Sudão do Sul continuará a sofrer com o derramamento de sangue e instabilidade da qual seus líderes se aproveitam", disse o vice-embaixador dos EUA na ONU, David Pressman.
A força de proteção, que será formada por tropas africanas, usará todos os meios necessários, para garantir a paz em Juba e proteger o aeroporto e outras instalações essenciais, disse o Conselho. A força também agirá contra qualquer um que esteja "preparando ataques ou se envolva em ataques" contra instalações da ONU, trabalhadores humanitários ou civis e pode confrontar as tropas do governo do Sudão do Sul, se necessário.
(Por Michelle Nichols; reportagem adicional por Denis Dumo)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))
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