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Países da UE iniciam negociações sobre novas sanções à Rússia sem acordo rápido à vista

Publicado 10.05.2023, 09:36
Atualizado 10.05.2023, 13:41
© Reuters. Presidente da Comissão Europeia, Ursula vo der Leyen, durante entrevista coletiva em Bruxelas
16/02/2023 REUTERS/Johanna Geron
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Por Gabriela Baczynska

BRUXELAS (Reuters) - Países da União Europeia realizam uma primeira discussão nesta quarta-feira sobre propostas de novas sanções envolvendo a guerra da Rússia na Ucrânia que visariam empresas chinesas e iranianas e permitiriam restrições à exportação de terceiros países por quebrar as restrições comerciais existentes.

As negociações entre os enviados da UE devem ser acaloradas, de acordo com um diplomata, com os críticos mais ferozes da Rússia chateados pelo fato de o plano não ir longe o suficiente, mas outros cautelosos em prejudicar seus laços internacionais.

Perspectivas muito diferentes significam que um acordo rápido não é esperado, disseram vários diplomatas.

O Executivo da UE revelou o plano em uma viagem simbólica a Kiev na terça-feira -- um contrapeso às comemorações anuais em Moscou da vitória na Segunda Guerra Mundial sobre a Alemanha nazista, que o presidente Vladimir Putin compara à invasão da Ucrânia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que as novas sanções se concentrariam em reprimir a evasão das restrições comerciais da Rússia já em vigor e foram projetadas "em coordenação muito próxima" com os países do Grupo dos Sete (G7).

"Se virmos que as mercadorias estão indo da União Europeia para países terceiros e depois acabam na Rússia, podemos propor aos Estados-membros que sancionem a exportação dessas mercadorias. Esta ferramenta será um último recurso e será usada com cautela", afirmou.

Ela acrescentou que a UE interromperia o trânsito via Rússia de mais de suas exportações, incluindo produtos de tecnologia avançada e peças de aeronaves.

Fontes diplomáticas familiarizadas com a proposta -- redigida pela Comissão Europeia, chefiada por von der Leyen -- disseram que ela também possui a inclusão de "dezenas" de novas empresas na lista negra, incluindo de China, Irã, Cazaquistão e Uzbequistão.

© Reuters. Presidente da Comissão Europeia, Ursula vo der Leyen, durante entrevista coletiva em Bruxelas
16/02/2023 REUTERS/Johanna Geron

As novas sanções destacariam que os petroleiros não podem descarregar em alto mar ou chegar aos portos com seus rastreadores GPS desligados, uma tentativa de rechaçar o desrespeito às restrições do G7 ao comércio de petróleo russo, segundo as fontes.

Todos os 27 países da UE precisam concordar para que novas sanções entrem em vigor no que seria a 11ª rodada de tais medidas do bloco desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Isso marcaria a primeira vez que o bloco teria como alvo a China por acusações do papel de Pequim na guerra, algo que o Ministério das Relações Exteriores da China alertou a UE a não fazer.

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