Por Eli Berlzon
KARMEI TZUR, Cisjordânia (Reuters) - Um agressor palestino foi morto a tiros nesta quarta-feira depois de esfaquear um segurança na entrada de um assentamento judeu na Cisjordânia ocupada, informaram os militares de Israel.
O guarda civil, baseado no assentamento de Karmei Tzur, ao norte da cidade de Hebron, ficou levemente ferido. Outro segurança matou o agressor a tiros, disseram os militares em um comunicado.
As tensões cresceram na Cisjordânia desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel no dia 6 de dezembro, revertendo décadas de uma política norte-americana segundo a qual o status da cidade deveria ser decidido em negociações israelo-palestinas.
No final de terça-feira forças israelenses mataram um palestino a tiros durante uma operação em Nablus, cidade da Cisjordânia, que provocou um confronto com moradores, disseram autoridades de saúde palestinas.
Khaled Taeh, o palestino de 22 anos morto na operação, foi enterrado nesta quarta-feira. Cerca de 5 mil pessoas compareceram à procissão fúnebre, que começou em seu bairro, a leste da cidade, e terminou em um cemitério no sul de Nablus. Muitas portavam bandeiras palestinas e faixas de diversas facções políticas.
Em um comunicado, os militares disseram que soldados vinham procurando em Nablus um agressor que matou a facadas o rabino Itamar Ben-Gal, de 29 anos, na entrada do assentamento judeu de Ariel, na Cisjordânia, na segunda-feira. Ben-Gal foi enterrado na terça-feira no assentamento de Har Bracha, onde morava.
O suposto assassino de Ben-Gal não foi apreendido na operação em Nablus, durante a qual cerca de 500 palestinos atiraram pedras, bombas incendiárias e artefatos explosivos e ainda dispararam contra os soldados, segundo os militares de Israel.
Os soldados reagiram com tiros de advertência para o alto, acrescentou o comunicado.