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Palestinos descrevem fuga aterrorizante e caótica de hospital em Gaza

Publicado 20.02.2024, 16:48
Atualizado 20.02.2024, 16:50
© Reuters. Pacientes palestinos chegam a Rafah após saída noturna do Hospital Nasser, alvo de operação terrestre israelense
15/02/2024
REUTERS/Mohammed Salem

Por Ibraheem Abu Mustafa

RAFAH, Faixa de Gaza (Reuters) - Tiros ecoaram em torno de médicos, pacientes e refugiados palestinos durante o que eles descreveram como uma saída noturna aterrorizante e caótica do Hospital Nasser, em Gaza, após ele ser invadido por forças israelenses. 

Sobreviventes do ataque da semana passada contra o segundo maior hospital de Gaza disseram que, em seguida, tiveram que enfrentar uma traiçoeira caminhada até um local seguro pelo escuro, passando por cadáveres ao longo do trajeto. 

Um médico relatou que um enfermeiro foi detido em um ponto de checagem israelense, despido e levado aos gritos. 

"Havia fumaça em todo lugar, parecia o dia do juízo final, pessoas correndo por todo lado", disse o médico Ahmed al-Mughraby, chefe do departamento de cirurgia plástica, que fugiu com esposa e filhos. 

Mughraby, que encontrou refúgio para a família em um abrigo perto de outro hospital onde agora trabalha, disse que as forças israelenses ordenaram que todos se retirassem, exceto pacientes que não conseguissem andar e médicos que cuidavam deles. 

Detalhes do ataque militar contra o Hospital Nasser surgem gradualmente, à medida que as pessoas que fugiram ou foram retiradas chegam em Rafah, o último local relativamente seguro na Faixa de Gaza, a cerca de 10 km da fronteira com o Egito. 

Israel descreveu o ataque como uma operação de precisão conduzida por forças especiais com o objetivo de recuperar corpos de reféns israelenses. Afirmou que não obrigou pacientes e funcionários a saírem e que houve esforços para garantir que o hospital continuasse funcionando. 

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Mas a invasão gerou alarme em agências de auxílio humanitário, e a Organização Mundial de Saúde afirmou que o tamanho dos danos é "indescritível". 

A OMS, agência sanitária da ONU, realizou duas operações de retirada do Hospital Nasser desde quinta-feira, mas disse nesta terça ter preocupação com cerca de 150 pacientes e médicos que ficaram no local, onde os combates continuam. 

Após cercar o hospital, forças israelenses entraram nas instalações na última quinta-feira e disseram que prenderam centenas de militantes que se escondiam no local, alguns fingindo ser funcionários do hospital. 

O Hamas negou usar o hospital e diz que as acusações de Israel são "mentiras". O Ministério da Saúde de Gaza disse que Israel deteve 70 funcionários e voluntários que trabalhavam no local. 

A OMS afirmou que o hospital parou de funcionar na semana passada, após o cerco e o ataque de Israel, e não tem mais eletricidade ou água corrente, com resíduos médicos e o lixo criando um terreno fértil para doenças. 

DRONES E "CÃES AGRESSIVOS"

O Hospital Nasser era o maior hospital ainda em funcionamento em Gaza após mais de quatro meses de guerra, que começou quando combatentes do grupo militante palestino Hamas invadiram cidades israelenses em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo 253 reféns, de acordo com registros israelenses.

Desde então, a campanha militar israelense em Gaza já matou mais de 29.000 palestinos, segundo autoridades de saúde do enclave governado pelo Hamas.

Hakeem Salem Hussein Baraka disse que o departamento de ortopedia do Hospital Nasser, onde ele trabalhava como voluntário, foi destruído e que ele viu um paciente ser cortado em dois por uma explosão.

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Baraka disse que um drone "quadricóptero" disparou contra a equipe médica que fazia um intervalo entre os turnos e que cães "agressivos", com câmeras acopladas nos pescoços pelos militares israelenses, circulavam pelo hospital.

O Exército israelense disse que suas forças travaram "batalhas complexas" antes de entrar no complexo hospitalar e foram atacadas por foguetes disparados por combatentes barricados dentro do hospital. Também afirmou que soldados encontraram grandes quantidades de armas e veículos ligados ao ataque de 7 de outubro.

"Demos às pessoas a oportunidade de sair antes de entrarmos no hospital", disse o coronel Moshe Tetro em uma coletiva de imprensa. Questionado se houve tiroteio ou combate dentro do hospital, ele disse: "Não".

Quando os palestinos deixaram o hospital antes do amanhecer, alguns tiveram que atravessar o esgoto, disse Rasmeya Saleem Abu Jamoos, uma paciente de diálise que fugiu com seu marido cego, Abu Jamoos.

Ele estava entre as pessoas detidas em um posto de controle militar após deixar o hospital, disse ela.

O médico, Mughraby, disse que sua ala havia sido atingida por fogo israelense e que ele acreditava que três pacientes haviam sido mortos no ataque. A Reuters não conseguiu verificar o relato.

Ele disse ter deixado o hospital com sua família, três pacientes e alguns membros da equipe, mas um deles, um enfermeiro do departamento, foi impedido de sair.

"Eles o obrigaram a tirar toda a roupa, então ele ficou nu, e o levaram para a detenção. Eu podia ouvir os gritos dele", disse ele.

Mughraby disse que aqueles que conseguiram passar pelo posto de controle tiveram que fazer uma longa caminhada por um campo de batalha para conseguir ajuda. Alguns estavam doentes ou feridos.

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Baraa Ahmed Abu Mustafa, que usava muletas díspares, disse que tiros foram disparados sobre suas cabeças enquanto caminhavam e que havia cadáveres perto da entrada do hospital.

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