Por Mubasher Bukhari
LAHORE, Paquistão (Reuters) - Um tribunal do Paquistão proibiu nesta quinta-feira a exibição de um filme indiano sobre os atentados de 2008 em Mumbai em reação a uma petição do homem que Nova Délhi acusa de ser o mentor do assassinato de 166 pessoas ao longo de três dias.
Hafiz Saeed, fundador do grupo Lashkar-e-Taiba, que a Organização das Nações Unidas (ONU) listou como organização terrorista, pediu à corte que proibisse "Phantom", dirigido por Kabir Khan, com o argumento de que o filme denigre o Paquistão e vilaniza Saeed e sua organização atual, a Jamaat-ud-Dawa.
O Supremo Tribunal de Lahore emitiu o veto nesta quinta-feira, disse o advogado de Saeed.
"O governo foi informado que o filme não deve ser posto em cartaz no Paquistão e a adotar as medidas necessários quanto a isso", afirmou o advogado AK Dogar à Reuters.
Em sua resposta à petição na corte, o governo paquistanês "negou veementemente" que algum dia tenha planejado exibir a produção indiana.
O Lashkar-e-Taiba (LeT) está banido no Paquistão, mas é tolerado extra-oficialmente. Saeed abandonou sua liderança há tempos e hoje encabeça sua filial humanitária, a Jamaat-ud-Dawa.
A Índia diz ter entregue provas contra ele ao Paquistão, que deveria detê-lo. O tema tem atrapalhado o reatamento das relações entre os dois vizinhos, ambos com arsenais nucleares. OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20150820T171406+0000