Por Alistair Smout
LONDRES (Reuters) - Um funcionário de relações raciais aposentado do norte da Inglaterra falou sobre o alívio de ser um dos primeiros do Reino Unido a receber a vacina contra Covid-19 durante a campanha de imunização que começará na terça-feira.
O início da administração da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech faz do Reino Unido o primeiro país ocidental a começar a vacinar sua população contra a infecção do novo coronavírus.
O Reino Unido é o país europeu mais duramente atingido pela pandemia e soma 61 mil mortes de Covid-19, mas o primeiro-ministro, Boris Johnson, espera virar a maré contra a doença aplicando a vacina da Pfizer/BioNTech antes dos Estados Unidos ou da União Europeia.
"Quando recebi um telefonema, fiquei muito empolgado de ter a oportunidade de me juntar e participar", disse Hari Shukla, de 87 anos, ex-diretor do Conselho de Igualdade Racial de Newcastle. "É um grande alívio, porque não é uma crise comum".
Cerca de 800 mil doses devem estar disponíveis na primeira semana. Moradores e cuidadores de casas de repouso, pessoas acima de 80 anos e alguns profissionais de saúde têm prioridade para receber a vacina.
O programa de inoculação em massa pode criar a esperança de que o mundo esteja encerrando um capítulo da luta contra a pandemia, que abalou economias de todo o globo e já matou mais de 1,5 milhão de pessoas.
Shukla homenageou todos os que trabalharam dia e noite para produzir a vacina e distribui-la em uma velocidade inédita.
"Somos muito gratos a eles, e também temos orgulho deles por terem feito isso", disse Shukla. "Não estou nervoso, nem nada assim. Estou ansioso".
(Reportagem adicional de Parniyan Zemaryalai)