Por Pap Saine
BANJUL (Reuters) - Parlamentares da Gâmbia debateram nesta segunda-feira a revogação de uma proibição à mutilação genital feminina, que tem crescido nos últimos anos, apesar de campanhas de ativistas para acabar com a prática.
A pequena nação da África Ocidental impôs multas pesadas e sentenças de prisão em 2015 para aqueles que executam a circuncisão feminina, conhecida pela sigla MGF.
A Organização Mundial de Saúde diz que a prática não traz benefícios à saúde e pode levar a sangramento excessivo, choque, problemas psicológico e até mesmo à morte.
O parlamentar Almameh Gibba havia apresentado o projeto de lei de revogação no começo do mês argumentando que a proibição viola os direitos do cidadão de praticar sua cultura e religião. A Gâmbia é um país majoritariamente muçulmano.
Se o projeto de lei for aprovado, a Gâmbia se tornaria o primeiro país a revogar uma proibição à MGF.
Após debater o projeto, os parlamentares votaram por 42 a quatro para enviá-lo a um comitê parlamentar para revisão, disse o presidente do parlamento.
O comitê pode fazer emendas ao projeto e deve enviá-lo de volta à assembleia nacional para votação, um procedimento de rotina que geralmente leva pelo menos três meses.
(Reportagem de Pap Saine)