BUDAPESTE (Reuters) - O Parlamento da Hungria pode mudar a constituição no dia 8 de novembro para rejeitar o reassentamento obrigatório de imigrantes determinado pela União Europeia, e a proibição entraria em vigor em meados do mesmo mês, disse o partido governista Fidesz nesta terça-feira, após um referendo contra as cotas realizado no final de semana.
Seu líder, Lajos Kósa, também disse em uma coletiva de imprensa que sua legenda está comprometida com a filiação do país à UE.
Falando na mesma coletiva, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse: "Temos que afirmar claramente que, sem a aprovação do Parlamento húngaro, Bruxelas... não pode assentar nenhum imigrante na Hungria. E temos que afirmar claramente que proibimos o reassentamento forçado de imigrantes".
A grande maioria dos cidadãos do país rejeitou as cotas da UE no referendo de domingo, embora o comparecimento tenha sido pequeno demais para tornar a consulta válida.
Isso privou Orban de uma vitória clara, e na segunda-feira o partido nacionalista radical Jobbik pediu sua renúncia. Mas o premiê disse que, embora o resultado do referendo não seja obrigatório, lhe deu um mandato político contundente para desafiar Bruxelas, já que mais de 3 milhões de eleitores repudiaram as cotas.
(Por Sandor Peto e Krisztina Than)