Por Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - O partido do governo Rússia Unida deve conquistar uma fatia ainda maior do congresso russo em uma eleição parlamentar neste domingo, evidenciando que o apoio ao presidente Vladimir Putin continua alto apesar de sanções e de uma expressiva desaceleração econômica.
A eleição para a Duma, a casa baixa, está sendo vista como um ensaio para a esperada campanha presidencial de Putin em 2018.
O pleito também é visto como um teste para como o Kremlin irá supervisionar eleições sem maiores problemas. Será a primeira votação parlamentar desde 2011, quando acusações de fraudes nas urnas levaram a grandes protestos contra Putin na capital.
As urnas foram abertas neste sábado, na península Chukotka, próxima ao Alasca, e devem ser fechadas em Kaliningrado, o ponto mais ocidental da Rússia, onde os eleitores podem votar até o fim do dia deste domingo.
"É claro que votei para a Rússia Unida", disse um homem de meia de idade, na cidade de Velikiye Luki, no oeste da Rússia, que se recusou a dizer seu nome à Reuters. "Não precisamos de outros partidos aqui. Pelo menos eles (Rússia Unida) já fizeram seus roubos".
Uma senhora idosa na vila de Avangard, na região de Tula, que compreende a região de Moscou, disse que sempre votou para o partido Rússia Unida e não via outros partidos que valessem o voto.
"Nós não precisamos de um sistema multi-partidário", disse.
O Partido Rússia Unida, liderado pelo primeiro-ministro Dmitry Medvedev, leal a Putin, tem 238 dos 450 membros da Duma, e domina os mais de 80 parlamentos regionais, sendo retratado de maneira sempre favorável pela televisão estatal, de onde a maioria dos russos recebe suas notícias.