HAVANA (Reuters) - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) alertaram nesta segunda-feira que a paz na Colômbia estaria "incompleta" sem a participação no processo de diálogo do Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo maior grupo rebelde do país.
O governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, acusa o ELN de atrasar a abertura de uma negociação formal, cuja possibilidade vem sendo discutida há mais de dois anos, e disse que seria independente em relação à que mantém em Cuba com as Farc.
O diálogo em Cuba teve mais avanços que qualquer outro processo destinado a acabar com um conflito que deixou 220.000 mortos, e ambas as partes se comprometeram a chegar a um acordo definitivo nos próximos meses.
Para Iván Márquez, que lidera a equipe de negociações das Farc em Havana, "o ELN não pode ficar de fora do processo de paz".
Horas depois, o presidente Santos condicionou o início de uma negociação com o ELN a que o grupo rebelde liberte um militar e um civil que mantém em seu poder.
(Reportagem de Nelson Acosta em Havana e Luis Jaime Acosta em Bogotá)