Por Robin Emmott e John Irish
BRUXELAS/PARIS (Reuters) - A França, o Reino Unido e a Alemanha buscaram nesta quarta-feira persuadir seus parceiros de União Europeia a apoiarem novas sanções contra o Irã para preservar um acordo nuclear com Teerã, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu deixar em maio, disseram diplomatas.
As novas medidas propostas por Londres, Paris e Berlim foram discutidas pelos 28 embaixadores da União Europeia e podem atingir membros da força de segurança mais poderosa do Irã, a Guarda Revolucionária Iraniana, disseram diplomatas.
Trump deu aos signatários europeus um prazo de 12 de maio para “consertar as falhas terríveis” do acordo nuclear de 2015, que foi aceito sob seu antecessor Barack Obama, ou irá se recusar a estender alívio de sanções norte-americanas sobre o Irã.
A União Europeia rejeita estas críticas. Mas o Reino Unido, a França e a Alemanha esperam que seus passos possam encorajar Trump a emitir novas desistências impedindo que sanções norte-americanas suspensas sob o acordo sejam reimpostas no mês que vem.
Em encontro a portas fechadas em Bruxelas, os três países buscaram acordo em possíveis proibições de viagens e congelamento de bens antes de um encontro dos ministros das Relações Exteriores no mês que vem, disseram quatro diplomatas à Reuters. Algumas capitais da UE disseram precisar de mais tempo e discussões devem continuar na semana que vem.
Um total de 15 indivíduos e companhias do Irã estão em uma lista passada para governos da UE, mas não houve discussão direta de nomes no encontro desta quarta-feira, disse um diplomata.
O Reino Unido, a França e a Alemanha propuseram sanções extras da UE sobre programas de mísseis balísticos do Irã e seu papel na guerra na Síria, de acordo com um documento visto pela Reuters.