LIMA (Reuters) - O presidente do Peru, Martín Vizcarra, empossou nesta quinta-feira o quinto ministro das Finanças do país em um ano, encarregando-o de decidir se deve manter impostos mais altos de consumo sobre diesel e outros combustíveis, que geraram protestos no país.
Carlos Oliva, ex-vice-ministro das Finanças e autoridade do banco central, também será encarregado de ajudar a liderar a recente promessa de Vizcarra de recuperar impostos corporativos não pagos.
Na segunda-feira, após protestos espalhados no sul do Peru por conta dos novos impostos de consumo, Vizcarra anunciou que aceitou a renúncia do ex-ministro das Finanças David Tuesta e prometeu que seu governo irá focar em aplicar leis tributárias atuais, em vez de aumentar impostos.
Tuesta renunciou após o governo de Vizcarra negociar um acordo com motoristas de ônibus e caminhões que evitou um protesto maior contra os impostos de consumo mais elevados.
Oliva irá gerenciar uma das economias mais estáveis da América Latina após meses de incertezas políticas que levaram à renúncia do presidente Pedro Pablo Kuczynski num escândalo de corrupção em março.
Vizcarra, ex-vice-presidente do país, buscou se distanciar de seu antecessor ao buscar apoio no Congresso, liderado pela oposição, e entre peruanos desencantados com a política.
Mais cedo nesta semana, protestos em Lima contra a decisão do governo e do Congresso de aumentar impostos de consumo terminaram em confrontos e uma viatura policial foi incendiada.
Oliva, que concluiu mestrado em economia na Universidade de Georgetown, em Washington, é amplamente esperado para manter o modelo econômico peruano de livre mercado que dura décadas.
(Reportagem de Mitra Taj e Marco Aquino)