MADRI (Reuters) - Uma promotora da Alta Corte da Espanha busca sentença de prisão de dois anos e meio para o ex-presidente da federação de futebol do país Luis Rubiales, pelo seu beijo não solicitado na jogadora Jenni Hermoso, segundo um documento judicial visto pela Reuters nesta quarta-feira.
A promotora Marta Durántez apresentou uma denúncia de agressão sexual e outra de coerção contra Rubiales, pelas suas supostas ações após o beijo. As ofensa implicam penas de prisão de um ano e um ano e meio, respectivamente.
Rubiales, de 46 anos, causou furor quando agarrou Hermoso e a beijou nos lábios em 20 de agosto do ano passado, durante a cerimônia de premiação da conquista da Espanha da Copa do Mundo Feminina em Sydney.
Hermoso e suas companheiras de seleção disseram que o beijo foi indesejado e degradante, mas Rubiales alegou que foi consensual e negou ter feito algo errado.
A promotora também denunciou o ex-técnico da seleção feminina Jorge Villa, o atual diretor esportivo, Albert Luque, e o chefe de marketing da federação, Ruben Rivera, por terem coagido Hermoso a dizer que o beijo havia sido consensual.
Os três negaram irregularidades quando apareceram no tribunal.
Durántez pede que Rubiales pague 50.000 euros de indenização a Hermoso, e outros 50.000 euros sejam pagos conjuntamente por Rubiales, Vilda, Luque e Rivera.
Se Rubiales for condenado e receber a sentença buscada pela promotora, ele não iria necessariamente para a prisão. O código criminal da Espanha permite que os juízes suspendam “excepcionalmente” a execução da sentença se -- como neste caso -- nenhuma das sentenças impostas individualmente exceder dois anos.
(Reportagem David Latona)