WASHINGTON (Reuters) - A Rússia é o principal país suspeito de um sofisticado ataque cibernético contra e-mails não sigilosos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos que levou o Pentágono a restringir no mês passado o acesso a partes da rede, disseram autoridades norte-americanas nesta quinta-feira.
Relatórios preliminares deram ênfase à ligação da Rússia no ataque, disse uma autoridade dos EUA, que não quis ser identificada, já que a investigação ainda está em andamento.
"Foi um ataque 'spear phishing' atribuído a esse país", disse o oficial, quando perguntado sobre um possível envolvimento da Rússia.
E-mails "spear phishing" são mensagens falsas em nome de amigos ou pessoas conhecidas.
Uma segunda autoridade, que também falou sob condição de anonimato, descreveu a Rússia como principal país suspeito, mas alertou que levará tempo para os investigadores atribuírem a culpa com firmeza.
O Pentágono não quis comentar a investigação.
No fim de abril, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, culpou hackers russos por uma invasão cibernética a uma rede militar não sigilosa dos EUA neste ano, dizendo que eles descobriram uma vulnerabilidade antiga que não tinha sido corrigida.
(Reportagem de Phil Stewart e Andrea Shalal)