WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram à Rússia e ao governo sírio nesta segunda-feira para evitar operações ofensivas na Síria, enquanto os combates continuavam no dia em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse esperar que uma transição política possa ter início.
Indagado se estava frustrado pelo fato de o dia 1º de agosto ter chegado sem uma transição política para ajudar a encerrar a guerra civil de cinco anos na Síria, Kerry disse que essa data havia sido estabelecida neste ano quando havia esperanças de que negociações políticas pudessem acontecer em meio à redução da violência.
No entanto, o "cessar das hostilidades" que começou em fevereiro foi desmontado. No incidente mais recente, um helicóptero militar russo foi abatido na província de Idlib, controlada por rebeldes, matando todas as cinco pessoas a bordo.
"É crucial, obviamente, que a Rússia contenha a si própria e o regime de Assad de realizar operações ofensivas, assim como é nossa responsabilidade garantir que a oposição se contenha de se engajar nessas operações", disse Kerry a jornalistas.
"Esses são dias importantes para determinar se a Rússia e o regime de Assad vão se comprometer (com o esforço de pôr fim à violência e retomar as negociações de paz)", disse Kerry. "As evidências até agora são muito, muito perturbadoras para todos."
Autoridades norte-americanas sugeriram que uma "operação humanitária" russa e síria na cidade sitiada de Aleppo é um estratagema para retirar civis para que as forças russas e sírias possam atacar militantes na cidade que se opõem ao regime de Assad.
(Reportagem de Arshad Mohammed e David Alexander)