Por Michael Holden e Cassandra Garrison
WINDSOR, Inglaterra (Reuters) - Meghan Markle confirmou que seu pai não a levará ao altar quando ela se casar com o príncipe britânico Harry em uma cerimônia deslumbrante no sábado, pondo fim a dias de especulação às vésperas do maior acontecimento social do ano no Reino Unido.
Do lado de fora dos muros antigos do Castelo de Windsor, lar da realeza inglesa há quase mil anos, multidões se misturavam aos turistas e às muitas equipes de televisão para desejar felicidades ao casal. Harry, neto da rainha Elizabeth, e Meghan, atriz norte-americana que estrelou a série de TV "Suits", se unirão em uma cerimônia grandiosa que será realizada na Capela de São Jorge do Castelo de Windsor no sábado. Thomas Markle deveria entregar a mão da filha diante de uma congregação de membros da nata da realeza britânica, celebridades, amigos do casal e centenas de milhões de telespectadores. Mas o ex-diretor de iluminação de novelas e séries deu uma série de declarações contraditórias nesta semana sobre seu comparecimento, e o site de celebridades TMZ.com, sediado em Los Angeles, disse que ele passou por uma cirurgia cardíaca na quarta-feira. "Infelizmente meu pai não comparecerá ao nosso casamento, eu sempre me importei com meu pai e espero que lhe deem o espaço que ele precisa para se concentrar em sua saúde", disse Meghan em um comunicado. "Gostaria de agradecer a todos que ofereceram mensagens generosas de apoio. Quero que saibam o quanto Harry e eu estamos ansiosos para compartilhar nosso dia especial com vocês no sábado".
Meghan e Harry foram levados nesta quinta-feira de carro ao Castelo de Windsor, onde o Estandarte Real estava hasteado, indicando que a monarca também estava na residência. O casal se hospedará em hotéis de luxo diferentes na véspera do casamento. As comemorações da união, que deve acontecer com sol e céus azuis, serão uma demonstração suntuosa da pompa britânica e devem atrair uma grande audiência global. Se apoiadores esperam que a união do membro mais popular da realeza a uma atriz norte-americana glamorosa, que é divorciada e filha de um pai branco e uma mãe afro-norte-americana, revigore a monarquia. Em adição à família real britânica, que mistura tradições europeias às vezes ultrapassadas com a popularidade global de superastros modernos, Meghan levou algum glamour de Hollywood e um toque de modernidade à Casa de Windsor. Mas os preparativos minuciosamente planejados e coreografados da cerimônia foram ofuscados pelas dúvidas a respeito do comparecimento do pai de Meghan, que se divorciou de sua mãe, Doria Ragland, instrutora de ioga e assistente social. O TMZ disse ter conversado com Thomas depois da cirurgia e que "ele parecia alerta e coerente, e nos disse que os médicos implantaram stents em seus vasos sanguíneos". Não se sabe quando ele terá alta do hospital. Doria, que passará a noite anterior ao casamento com a filha no hotel cinco estrelas Cliveden House e a acompanhará à capela, já chegou ao Reino Unido e deve se encontrar com a rainha de 92 anos e seu marido, o príncipe Philip, de 96 anos. A mãe de Meghan se reuniu ao príncipe Charles e à sua esposa, Camilla, para um chá na quarta-feira. Os comentaristas da realeza apostam que Doria não levará a filha ao altar no lugar do ex-marido.
A polícia calcula que mais de 100 mil pessoas lotarão as ruas ao redor do castelo, que é o lar da rainha no leste de Londres e a fortaleza habitada mais antiga e ampla do mundo, e disse que haverá um forte esquema de segurança para o evento.